domingo, 15 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

segunda-feira, 15 de julho de 2013

espantalho: tire o peso do chão das costas;
                              as raízes estão todas firmes;
                                           boa colheita o espera.


já pode voar

sábado, 15 de junho de 2013

não me resta muito
além disso que sou
lá no fundo e não mudo
mas o que sobra
é aquilo que transforma
e reinvento a todo segundo

Turismo

quando estou fora da minha cidade
a maior parte das coisas
eu nunca sei onde vão dar:

aquela rua mais movimentada
as pessoas que andam apressadas
os ônibus que passam sem eu entrar

quando volto para minha casa
cada coisa tem um canto certo
permanecem onde devem ficar

dentro de mim tudo se move
e eu sei: este pedaço que me cabe
é exatamente onde quero estar

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Comprado

carro antigo
por que foi vendido?

se ainda lhe servia
se ainda lhe cabia
se ainda lhe apetecia

o tempo dedicado foi trocado por muitos centavos
e o que se fará de tão bom com alguns trocados?

antes um amor antigo
um amor cuidado
um amor conservado

lembra das histórias para contar?

o dia que foram juntos ao parque
se sujaram na lama
se lavaram na chuva
outros lugares

eu que nada tenho com isso
não entendo de mecânica
nem de automotivos
fico me questionando:

por que vendeu o carro
se desta lógica do descartável
você já está vacinado?

sexta-feira, 17 de maio de 2013

               quando 
nos seus braços
adormeço
as coisas ficam 
             no lugar
acordo sonhando
e dormindo 
            aconteço

quarta-feira, 1 de maio de 2013

...e assim por diante

o sol que há no azul dos seus olhos
é um reinvenção
do sol que há no azul do amanhecer
que é uma reinvenção 
do sol que há no azul de um amor
que é uma reinvenção
do sol que há no azul de Monet e Dalí
que é uma reinvenção
do sol que há no azul de reinventar



palavra que não foge
no silêncio já morou
palavra escondida, acode! 
em mim, o silêncio já passou

sexta-feira, 26 de abril de 2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Estado de plenitude

Há paz na curva do seu sorriso
quando te sinto
sinto teu cheiro
te toco por inteiro
e o que percebo, já sei

você é a pessoa mais linda que eu conheço

embora sejamos avesso
com ou sem títulos
para que cabelo ou medo?
bom mesmo é te beijar 

sábado, 6 de abril de 2013

Mas veja você, que bobagem! 
          algumas vezes, 
até eu duvido da minha 
    capacidade.
            se reparar bem,
 estou bem encrencada
os sinais se dispersaram
           em tantos pedaços
               que cada corpo
 que cruza meu caminho
     traz algum embaraço.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Nosso caso de amor

a gente se encosta
          se sente
 se toca

em fração de segundos
        se preenche
 transborda

terça-feira, 26 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

vírgula.
ponto, 
Faz sentido o amor quando

ao d
       e
         r
           r
             u
               b
                 a
                   r
                      paredes

preenche vazios. 

segunda-feira, 11 de março de 2013

sem sua mão para segurar
je ne sais pas
qualquer lugar que eu vá
c'est très difficile , meu amor.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Memórias

Eu não sou daqui
vim
inteira
embora sempre fique
pelo caminho
algum pedaço.

Mas vim
e fiquei.

Trouxe comigo
coisas que não se perdem:
bom dia
pés no chão
obrigado.

No interior
o tempo é outro
mas também passa,

e me trouxe até aqui:
buzinas
medo
sinais fechados.

Na cidade
o tempo maltrata
mas também passa,

e me leva

o que traz
me atrai:
encontros
a rua
soluços.

Sou seduzida:
luzes
novidade
vícios

e toda beleza secreta do concreto.

Do passado
não escondo nada
pelo contrário
fala em mim
me faz assim:

simples e atrasada
entre tantas pessoas
lindas e apressadas
fobias
ansiedade.

A infância em árvores
a maturidade em asfalto.

Sou traduzida:
menina pequena
em cidade grande,

não sei quando uma vai
e a outra chega
coexistem
habitam em mim

na mesma casa
onde tudo guardo.

Permaneço assim
sempre dividida
entre chegadas
e partidas.

domingo, 3 de março de 2013


Equilibro-me
entre formas

às vezes saio reta
outras,
        t     r   t
          o         a

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

                              às vezes, 
    a palavra vem primeiro
e não há silêncio em mim
   que me impeça de falar
São como navalhas o seu olhar:

corta-me as roupas 
deixa-me nua
deixa-me inteira
deixa-me sua. 

domingo, 27 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

(c)oração

espero que você não perca a fé na vida
    mesmo com a clareza de que ela é mesmo difícil
e até triste se você reparar bem