quinta-feira, 27 de novembro de 2014

perder a memória

meu coração se afoga
 neste copo de vodka
afago
receitas clichês
para curar 
ressaca de amor
e esquecer



caos também é caminho
curva, atalho, desvio

caminhando sozinho
custa mas também chega lá

domingo, 16 de novembro de 2014

minipoema

que bonito isso
que vi nos olhos 
que me diziam 
que iríamos longe
que estávamos juntos
que éramos verdade
que é tocando fundo
que se reencanta o
que adormece e 
que assim o 
que vibra permanece

terça-feira, 11 de novembro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

de todo canto tiro matéria para poesia
tenho tino para os escondidos
de esconderijos tiro até limo 
e rimo em palavras a sua beleza secreta
que passa despercebida  pelos que passam
e pisam em cima sem perceber
a minha sina é escrever 
sorte a minha enxergar além do que se vê

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

morada no campo

embaixo daquela ponte
passa um rio
passa boiada
pelos caminhos de chão do seu coração
encontrei pés de goiaba

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

à procura de um acaso
que preencha este hiato
entre a troca de olhares

e o atrito do abraço
Vagarosa entre memórias
percorro a sua ausência
demorando em cada lembrança
descaminho da saudade
distância que dura eternidade
DO FORNO SAINDO

          AGORA

UMA NOVA FORMA

sábado, 2 de agosto de 2014

a felicidade é um      acidente 
 um segundo de       distração 
        corpos na       contramão
                                   colisão
                                 imanente 

domingo, 20 de julho de 2014

Deslembrando

meu corpo acordou abafado
querendo chover
e escorrer essas lembranças todas
o dia passando torto e
chorando em frente ao espelho
eu me dei conta
contam histórias essas lágrimas tantas

domingo, 13 de julho de 2014

eu já nem sei contar quantas vezes lhe esqueci 
              este nosso insistente amor 
            que de tanto durar é sem fim
               se não fomos eternidade
              ao menos somos instante
          nossos momentos de felicidade
    as boas coisas que ficam disto que não acaba
       

quarta-feira, 9 de julho de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

a curva do tempo

tempo passando
   tecendo passos
      trocando pistas
         traçando planos
            turistas andamos
à procura do que fomos
            enquanto somos
            maravilhamos
         encontramos
tempo passando

no futuro tropeçamos
e ele dura
feliz que sim

sábado, 17 de maio de 2014

questão de tempo

a primeira planta que cultivei 

ensinou-me, 

dizendo lento:

a ausência das podas 

transborda 

em mudas novas. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

hoje de saudade
fiz poesia
passei o dia
e nada cabia
faltava
não preenchia
hoje deu saudade
fiz o que pude

segunda-feira, 31 de março de 2014

chuva para lavar tudo
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .

   .   .   .   .   .   .   .   .   .
      tudo escorrendo
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    como rio indo para o mar

   falta plena é o que faz
   seu corpo longe do meu
ausência repleta de certezas

presença plena é o que refaz
   seu corpo junto ao meu
   contato repleto de belezas

terça-feira, 25 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

homens 
constroem muros;
                      muros 
                     causam se-gre-ga-ções;
                                  segregações geram violências;
                         
   violências criam homens que constroem muros.

sexta-feira, 14 de março de 2014

domingo, 9 de março de 2014

entre a cruz e a espada, perdida, parada

não sei se lhe deixo sem me despedir
ou se escrevo uma carta de amor

não sei se confundo demais o sentir
ou se fico procurando sempre alguma razão

não sei se estudo política na França
ou se fujo sozinha para o Equador

não sei se dou o próximo passo
ou se fico para sempre caída neste chão

não sei se lhe peço para ficar
ou se invento novas formas de esquecer

não sei se escrevo para fugir de mim
ou se para me levar até você

não sei se continuo na dúvida
ou se resolvo resolver

não sei se paro por aqui
ou se continuo a inventar questões

não sei não saber
e continuo sem entender

sombra e água fresca

e aquele amor cresceu
virou árvore, firmou raiz
até chegar ao sol
nosso sétimo ceú
o paraíso na terra
é este seu sorriso
e esta nossa entrega

domingo, 19 de janeiro de 2014