perder a memória

meu coração se afoga

 neste copo de vodka
afago

receitas clichês

para curar 

ressaca de amor
e esquecer

caos também é caminho
curva, atalho, desvio

caminhando sozinho
custa mas também chega lá

minipoema

que bonito isso
que vi nos olhos 
que me diziam 
que iríamos longe
que estávamos juntos
que éramos verdade
que é tocando fundo
que se reencanta o
que adormece e 
que assim o 
que vibra permanece

            amor

    tarda

mas

    não

           faia

com ternura 

infinito

enquanto dura 

de todo canto tiro matéria para poesia
tenho tino para os escondidos
de esconderijos tiro até limo 
e rimo em palavras a sua beleza secreta
que passa despercebida  pelos que passam
e pisam em cima sem perceber
a minha sina é escrever 
sorte a minha enxergar além do que se vê

morada no campo

embaixo daquela ponte
passa um rio
passa boiada
pelos caminhos de chão do seu coração
encontrei pés de goiaba

o fio da meada

amarrei em ti 

a melhor parte de mim

e me agarro neste laço que fiz de nós 

uma história de amor é uma história possível

verdade seja dita:

paixão acontece nos intervalos da vigília. 

à procura de um acaso

que preencha este hiato

entre a troca de olhares

e o atrito do abraço

Vagarosa entre memórias

percorro a sua ausência

demorando em cada lembrança

descaminho da saudade

distância que dura eternidade

DO FORNO SAINDO

          AGORA

UMA NOVA FORMA

indo onde o vento flor

.haja poesia .enquanto houver .haja vida .

cotidiano 

todo   dia

passando

passarinho

abre o dia

cantando 

canarinho

fim do dia

sonhando

a felicidade é um      acidente 

 um segundo de       distração 
        corpos na       contramão
                                   colisão

                                 imanente 

Deslembrando

meu corpo acordou abafado
querendo chover
e escorrer essas lembranças todas
o dia passando torto e
chorando em frente ao espelho
eu me dei conta
contam histórias essas lágrimas tantas

eu já nem sei contar quantas vezes lhe esqueci 

              este nosso insistente amor 

            que de tanto durar é sem fim

               se não fomos eternidade

              ao menos somos instante

          nossos momentos de felicidade

    as boas coisas que ficam disto que não acaba

       

de placa

 em copa do mundo
meu time joga junto
futebol alegra muito
 amizade jogo justo

 a sua chegada
alegria em cores
    (colo)rindo

a curva do tempo

tempo passando
   tecendo passos
      trocando pistas
         traçando planos
            turistas andamos
à procura do que fomos
            enquanto somos
            maravilhamos
         encontramos
tempo passando

no futuro tropeçamos
e ele dura

feliz que sim

questão de tempo

a primeira planta que cultivei 

ensinou-me, 

dizendo lento:

a ausência das podas 

transborda 

em mudas novas. 

 o que foi
não é mais
o que virá
  será (?)

meu caminho 
eu tropeço
em versos

ainda não, alice ruiz

com saudade de você
com saudade de mim
o passado passando assim

hoje de saudade
fiz poesia
passei o dia
e nada cabia
faltava
não preenchia
hoje deu saudade
fiz o que pude

uma coisa
também é
outra coisa

de saudade
em saudade
ficamos
na vontade

(res)pirar(são)

sendo pouco

sou todo

sendo inteiro

vou até o fim

sendo assim

sou muitos

é bom variar
e redescobrir
o que não muda

chuva para lavar tudo
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .
   .   .   .   .   .   .   .   .   .

   .   .   .   .   .   .   .   .   .
      tudo escorrendo
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    como rio indo para o mar

   falta plena é o que faz

   seu corpo longe do meu

ausência repleta de certezas

presença plena é o que refaz

   seu corpo junto ao meu

   contato repleto de belezas

neste novo mundo de instantes
nada é eterno até que termine

homens 
constroem muros;
                      muros 
                     causam se-gre-ga-ções;
                                  segregações geram violências;
                         
   violências criam homens que constroem muros.

AMADURECER  todo dia  REVELAR(SER)

felicidade, essas coisas simples:
banho de chuva, amor na rua
amor na cama, banho de mar

adedonha

amor amora
ator Andorra
este dentro
esse fora

imperative-se

trace uma rota
invente uma fuga
entorte uma reta
encare uma luta

entre a cruz e a espada, perdida, parada

não sei se lhe deixo sem me despedir
ou se escrevo uma carta de amor

não sei se confundo demais o sentir
ou se fico procurando sempre alguma razão

não sei se estudo política na França
ou se fujo sozinha para o Equador

não sei se dou o próximo passo
ou se fico para sempre caída neste chão

não sei se lhe peço para ficar
ou se invento novas formas de esquecer

não sei se escrevo para fugir de mim
ou se para me levar até você

não sei se continuo na dúvida
ou se resolvo resolver

não sei se paro por aqui
ou se continuo a inventar questões

não sei não saber
e continuo sem entender

sombra e água fresca

e aquele amor cresceu

virou árvore, firmou raiz

até chegar ao sol

nosso sétimo ceú

o paraíso na terra

é este seu sorriso

e esta nossa entrega

de todos os amores que tive sempre me mantive fiel àqueles que inventei

jukebox

entre o blues e raul
eu suspensa no bar
entre logo ali e cá

grata aos céus
pelo acalanto do sol
grata aos meus
pelo encanto em nós

o dia acordou para sol

exagerada

jogada aos seus pés
dentro de você
até deixar de ser
e acontecer novamente